Introdução
Investigando a forma como os professores enfrentam o processo de inclusão de alunos com necessidades especiais, percebe-se que os docentes referenciam-se no conceito ou representação de aluno ideal, para ancorarem suas práticas pedagógicas com relação a esse segmento de alunos. Habituados a trabalhar com critérios de “normalidade” baseados em um aluno padrão, revelaram-se resistentes em acolher o novo paradigma, “da inclusão”, em suas salas de aula; conservando no campo simbólico da relação aluno x professor, espaços em que vicejam as “profecias auto-realizadoras”, e mesmo recebendo orientações para a implantação da inclusão , não acataram a reforma, pois lhes é difícil lidar com mudanças. O aluno diferente continua freqüente a escola, mas meio marginalizado, não aprende nem produz conhecimento, transformando-se no “bode expiatório”, vítima do “bullying”. Sua efetiva inclusão é necessária para prevenir problemas futuros. É preciso, portanto, para promover a inclusão, subsidiar os professores com dados, informações, análises, conhecimentos necessários na construção de uma escola mais justa e menos desigual, em que se cultive o respeito à diferença. Por último a pesquisa pretende explorar a extrema eficácia da inclusão digital: alunos com incapacidade para as formas tradicionais de transmissão e produção de conhecimentos, diante do computador revelam habilidades, inteligências e motivações jamais alcançadas. A inclusão digital do aluno é mais uma eficiente forma de combater a discriminação, preconceito e exclusão.
Método
Enquanto procedimento será desenvolvida a observação participante em sala de aula e na escola, observando alunos diferentes; realizadas entrevistas semi-abertas com professores sobre inclusão e entrevistas lúdicas com alunos especiais visando estabelecimento de vínculo e a efetiva integração desse no processo pedagógico.
Cronograma
- Outubro a Dezembro/2004: Levantamento da literatura. Entrevistas com professores em relação às dificuldades enfrentadas com relação à inclusão.
- Janeiro e Fevereiro/2005: Fornecer informações aos professores sobre o processo de inclusão e características psicológicas e cognitivas de alunos em situação especial.
- Março a Maio/2005: Estudo de caso com alunos especiais, desadaptados, agressivos, através de entrevistas lúdicas, jogos, exercícios psicomotores, desenhos e estórias.
- Junho a Agosto/2005: Discussão das características dos alunos diferentes com outros professores em grupos de estudo de caso, visando desenvolvimento de estratégias buscando inclusão.
- Setembro/2005: Elaboração do relatório de pesquisa e artigo científico.
Bibliografia
Mantoan, Maria Teresa Egler. (2001) Caminhos Pedagógicos da Inclusão: como estamos implementando a educação (de qualidade) para todos nas escolas brasileiras – São Paulo : Memnon.
Morin , Edgar .(1921) – A cabeça bem feita : repensar a reforma , reformar o pensamento / Brasília, DF : Unesco.
Morin, Edgar . (1921) – Os sete saberes necessários a educação do futuro. São Paulo : Cortez.
Stainback, Susan e William (1999) Inclusão: um guia para educadores / Trad. Magda França Lopes.- Porto Alegre: Artes Médicas.