Rochas de idade permiana no Brasil são conhecidas na região amazônica (Bacias do Amazonas, Acre, Solimões, Alto Tapajós e Parecis), na Bacia do São Francisco, em Minas Gerais, bem como em áreas isoladas do Nordeste (Bahia, Sergipe e Alagoas). Estes depósitos, entretanto, não forneceram quaisquer registros de vertebrados fósseis, que são apenas conhecidos nas bacias do Parnaíba (Tocantins, Maranhão e Piauí) e Paraná (São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Goiás). No mapa, as Bacias do Paraná e Parnaíba (amarelo) e rochas de idade permiana (preto).
 

No início do Permiano, tanto a Bacia do Paraná quanto a do Parnaíba estavam cobertas por grandes mares interiores, onde importante fauna aquática foi registrada, incluindo tubarões, peixes ósseos (dipnóicos e palaeoniscifrmes). Mais para o final do período uma fase de continentalização se instalou, e tais regiões nunca mais abrigaram corpos d'água de grandes dimensões. Os ambientes aquáticos do Permiano eram dominados por grandes anfíbios predadores do grupo dos Limnarchia (Temnospondyli), que em sua anatomia geral e hábitos poderiam ser comparados aos jacarés atuais (apesar se serem mais proximamente relacionados aos sapos e salamandra de hoje em dia). Limnárquios do Permiano brasileiro incluem Prionosuchus, coletado no Maranhão, Bageherpeton, do Rio Grande do Sul, além de Australerpeton e uma forma inominada, ambos da Serra do Cadeado, no Paraná. Na figura ao lado, reconstrução de Australerpeton cosgriffi, e, abaixo, foto e desenho de um ramo mandibular esquerdo (em vista lingual) atribuído a esta espécie.